Por Edição: Fábia Carolino

O hipotireoidismo acontece quando a glândula tireóide, localizada na região anterior do pescoço, não consegue secretar os hormônios suficientes para o bom funcionamento do organismo.

O hipotireoidismo pode se apresentar tanto de forma sintomática quanto assintomática. Neste segundo caso, é conhecido como hipotireoidismo subclínico, onde apenas alterações em exames laboratoriais em amostra de sangue podem indicar que algo não vai bem com a tireóide.

A prevalência de hipotireoidismo no Brasil é de5 a10%, sendo que apenas 50% dos casos são diagnosticados. É mais comum em adultos de meia idade e nas mulheres, principalmente na pós-menopausa, que apresentam de5 a10 vezes mais probabilidade de desenvolver a doença do que os homens.

Alguns dos possíveis sintomas de hipotireoidismo são: cansaço, fraqueza, pele seca, unhas fracas, extremidades frias, sensibilidade ao frio, perda de cabelos, dificuldade de concentração, memória ruim, constipação, ganho de peso, rouquidão, depressão, cefaléia, libido baixa, elevação do colesterol, infertilidade, menstruação irregular, agravamento de doenças autoimunes, alergias e dores inexplicáveis.

Dentre os casos de hipotireoidismo, a tireóide de Hashimoto – doença autoimune – é a causa mais prevalente no mundo todo.

As doenças infecciosas virais são gatilhos para o aparecimento de doenças autoimunes. Com a Covid-19 não aconteceu diferente, alguns indivíduos podendo desenvolver a tireoidite de Hashimoto.

Variações regionais sugerem interferência do meio ambiente no desenvolvimento do hipotireoidismo. A quantidade de iodo na dieta e fatores genéticos exercem papéis importantes.

Com a vida moderna, alguns fatores interferem na absorção e transporte do iodo no organismo, como os poluentes, os agrotóxicos, os alérgenos, a toxicidade medicamentosa, a deficiência nutricional, ou seja, fatores externos que atuam sobre uma base genética.

A prevenção do hipotireoidismo envolve a monitorização da saúde da tireóide em mulheres que querem engravidar, indivíduos a partir de 60 anos, especialmente as mulheres na pós-menopausa e com histórico de doenças cardiovasculares, além da monitorização da ingestão de micronutrientes essenciais para a saúde da tireóide.

Serviço de Atenção à Saúde

 09/09/2021