
O Centro Cultural do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba sediará, a partir das 18h, no sábado (05), o VI Concerto Oficial da temporada oficial da Orquestra Sinfônica Municipal de João Pessoa e a abertura da exposição “Auto-Retrato”, dos artistas plásticos Robson Xavier (professor do Departamento de Artes Visuais da UFPB e coordenador do PPGAV/UFPB) e Leandro Garcia.
A programação é uma homenagem à cidade de João Pessoa, que completa 432 anos nesse 5 de agosto de 2017.
EXPOSIÇÃO – A exposição “Auto-Retrato” que acontecerá no Centro Cultural Ariano Suassuna, é uma pesquisa visual empreendida pelos artistas Robson Xavier e Leandro Garcia, a partir da leitura e interpretação simbólica do imaginário pessoal, que gerou um work in progress, série de trabalhos com foco no autorretrato como poética. O diálogo entre os dois artistas tem promovido outros olhares sobre as imagens traçando autobiografias complexas
ROBSON XAVIER – Vive e trabalha em João Pessoa, natural de Patos, Paraíba. Artista Visual, Arte/Educador, Arteterapêuta e Curador. Professor/Pesquisador do Departamento de Artes Visuais (DAV), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Coordenador do Programa Associado de Pós Graduação em Artes Visuais (PPGAV), das Universidades Federais da Paraíba e de Pernambuco (UFPB e UFPE) e Ex Coordenador da Pina UFPB (Pinacoteca UFPB – 2015/2016); Membro da Red Iberoamericana de Investigación en Imaginarios y Representaciones – RIIR (a partir de 2017). Pós Doutorando pelo Programa de Pós Graduação em Estética e História da Arte (PGEHA), do Museu de Arte Contemporânea (MAC), da Universidade de São Paulo (USP); Doutor em Arquitetura e Urbanismo (PPGAU UFRN); Mestre em História (PPGH UFPB); Especialista em Educação Especial (UFPB); Formação em Arteterapia pela Clínica Pomar, Rio de Janeiro/Recife; Licenciado em Artes Plásticas (UFPB).
Desenvolveu sua trajetória artística no final dos anos 1980 por meio do desenho e da pintura, com forte influência da arte popular paraibana, com os quais teve contato quando ainda residia no sertão paraibano e durante os primeiros anos da sua chegada a João Pessoa.
Na pintura incorporou técnicas mistas com colagem de diversos materiais e experimentações de suportes, tais como madeira, lona, tecidos variados, rendas e outros materiais, sua temática inicial versava sobre o imaginário do sertanejo e a visualidade moderna da arte brasileira, sendo completamente modificada a partir do momento que iniciou seus estudos no curso de artes plásticas na UFPB, no início de 1989. De 1988 a 2004, atuou como Arte/Educador em diversas escolas públicas e privadas da grande João Pessoa, lecionando artes visuais da Educação Infantil ao Ensino Médio, tendo sido premiado no ano de 1993, em primeiro lugar, na Categoria Ensino Fundamental, com o Prêmio Arte na Escola Cidadã, do Instituto Arte na Escola, São Paulo.
Sua obra apresenta temas ligados ao universo simbólico dos materiais utilizados pelo seu pai em seu ofício de alfaiate, incorporando tecidos diversos e outros materiais que convivia na infância quando era ajudante na alfaiataria em Patos, Paraíba, tais como: fitas, bicos de renda, sianinhas, retalhos de tecidos, etc. Sua obra atual perpassa uma temática pop/expressionista, inserindo reflexões sobe seu interesse pelo grotesco, simbólico e pela dualidade da vida. É organizador dos livros: “Pesquisas e Metodologias em Artes Visuais” (2014) e “Encontros com a Arte” (2015) Editora da UFPE, “Arteterapia & Educação Inclusiva” (2010), editora WAK; “Temas em História” (2009), Editora da UFPB e de diversos artigos sobre artes visuais publicados em periódicos nacionais e internacionais. Participou de diversas exposições, entre coletivas e individuais pelo Brasil e outros países.
LEANDRO GARCIA – Mestrando em Artes Visuais pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), na área de Ensino de Artes Visuais. Especialista em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), graduado em Artes Visuais (UFRN). Membro do Grupo de Pesquisa em Arte, Museu e Inclusão (GPAMI/UFPB)e do Universitário de Aquarela e Pastel (GUAP/UFRN). É arte educador, artista multimídia e designer digital, atuando entre outras áreas, nos estudos de arte mídia, apropriação fotográfica em redes sociais e poéticas da visualidade. Dedica-se a pintura biográfica como forma refletir suas memórias e incorpora-las ao seu universo de narrações ficcionais. Um dos seus estudos mais importantes é UNICOS, iniciado em 2007 com o estudo de monotipias preto e branco feitas com apropriações fotográficas. Atualmente dedica-se a pintura em técnicas mistas e as pesquisas sobre a construção subjetiva da identidade e o ensino não-formal de artes.
CONCERTO – O Solista da apresentação de sábado será Alphonsos de Melo Silveira, cujo currículo é amplamente reconhecido e a regência será do Maestro Laércio Diniz, que enfatizou que o maior presente para o aniversário da cidade, antes denominada de “Filipéia de Nossa Senhora das Neves”, é uma apresentação com música da melhor qualidade, através de obras que influenciaram grandes compositores pela sua beleza e inquestionável valor artístico.
A Pavane em fá sustenido menor, Op. 50, do compositor Francês Gabriel Fauré, escrita em 1887, evoca a pavana que era dançada na corte espanhola. Esta peça se caracteriza pela elegância da melodia e a originalidade harmônica, tão próprias ao compositor francês.
A pavane foi inicialmente escrita no ano de 1886, apenas para orquestra. Mais tarde foi incorporada a parte coral na intenção de que a obra fosse também coreografada para uma grande apresentação.
A influência do trabalho de Fauré pode ser medida pelo fato de ter inspirado o passepied da Suite bergamasque de Claude Debussy assim como a Pavane pour une infante défunte de Maurice Ravel , concebida quando este ainda era aluno de Fauré no Conservatório de París e que a Orquestra Sinfônica Municipal interpretou no último concerto.
A Rapsódia para clarinete e orquestra em si bemol maior de Claude Debussy foi elaborada em 1909 e 1910, destinando-se especificamente às provas instrumentais realizadas no Conservatório de Paris. A sua primeira versão, para clarinete e piano, foi completada em janeiro de 1910, tendo a versão orquestral sido concluída pouco tempo depois. Ultrapassando largamente o âmbito de uma peça de circunstância, esta obra ocupa um lugar de destaque no repertório do clarinete que tão brilhantemente explora e põe em evidência. Como solista desta obra teremos como convidado o clarinetista paraibano Alphonsos de Melo Silveira.
A Sinfonia em sol menor do cearense Alberto Nepomuceno foi composta em Berlin, cidade em que morou e estudou, e revela a influência direta de Brahms (por quem tinha bastante admiração) , Wagner e Tchaikowsky. Em 1897 foi apresentada em concerto no Brasil juntamente com a sua Série Brasileira.
Conceituados críticos consideram a sinfonia mais importante escrita por um músico americano no século XlX. A obra é contemporânea à Sinfonia do Novo Mundo, encomendada pelos norte-americanos ao tcheco Antonín Dvorák.
PROGRAMAÇÃO
Gabriel FAURE’ (1845- 1924): Pavane, Op. 50
(projeção de pinturas de Claude Monet)
Claude Debussy (1862-1918): Primeira Rapsódia para Clarinete e orquestra
Solista: Alphonsos de Melo Silveira
INTERVALO
Alberto Nepomuceno (1864-1920): Sinfonia em Sol menor
- Alegro com entusiasmo
II. Andante quasi adagio
III. Presto
IV. Con Fuoco