Por Edição: Fábia Carolino
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é o aumento da pressão que o sangue exerce na parede interna das artérias do nosso organismo. Este aumento da pressão depende de vários fatores, que podem ocasionar um ou mais dos seguintes eventos hemodinâmicos: aumento da resistência arterial (contração ou perda da elasticidade das artérias), aumento do volume sanguíneo ou aumento do volume de sangue bombeado pelo coração por minuto.
A prevalência de HAS no Brasil entre os adultos é próxima de 32,3%, chegando em 71,7% em indivíduos maiores de 70 anos, segundo a atual Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial.
Quais são esses fatores que influenciam no aumento da pressão arterial sistêmica? Apenas para citar alguns: genética (se os pais são hipertensos, há um risco aumentado dos filhos para a HAS), dieta rica em sal, obesidade, sedentarismo, tabagismo, ingestão excessiva de álcool, uso de algumas drogas ilícitas ou até mesmo lícitas (anticoncepcional, antiinflamatório não hormonal, corticóide), apneia do sono e doenças em algumas glândulas (hipertireoidismo, por exemplo).
Níveis normais de pressão arterial aferida no consultório, em geral, são valores menores do que 140 x 90 mmHg (popularmente conhecida como “14 por9”), mas pode acontecer da pressão arterial aferida no consultório está aumentada apenas naquele momento, estando normal a maior parte do tempo fora do consultório. Neste caso, estamos diante de Hipertensão do Avental branco (HAB).
Estudos têm demonstrado que a identificação da HAB pode indicar um maior risco de HAS no futuro. Portanto, indivíduos com esta condição devem ficar mais atentos a seus valores de pressão arterial sistêmica.
A Hipertensão Arterial Sistêmica pode ser prevenida e tratada com mudanças de hábitos (prática regular de atividade física, adequação do sal na dieta, controle do peso, cessação do tabagismo e do alcoolismo, evitar determinadas medicações e eliminação do uso de drogas ilícitas).
Uma vez dado o diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica no consultório, o uso de medicação por toda a vida será necessário para aproximadamente 90% dos casos. Os outros 10% são ocasionados por fatores reversíveis, que uma vez eliminados podem curar a HAS.
Apenas a aferição da pressão arterial por profissional treinado ou uso de aparelhos validados de verificação automática são capazes de identificar pacientes com o diagnóstico de HAS e direcioná-los para um adequado tratamento.
Serviço de Atenção à Saúde
17/09/2021