Por Fábia Carolino

A palestra de abertura do I Seminário de Controle Interno da Administração Pública, evento realizado pelo TCE, em parceria com o FoccoPB – Fórum de Combate à Corrupção, foi do Auditor Gabriel Wright, chefe da Controladoria Geral da União na Paraíba, que abordou o tema “Relevância do Controle Interno”. Ele defendeu um maior engajamento do prefeito para a criação do Controle Interno, que não está para prejudicar uma gestão. “É um anjo da guarda”, pois pode auxiliar e minimizar os riscos. O seminário aconteceu nesta quarta-feira (23), no auditório do Centro Cultural Ariano Suassuna, na sede do TCE.
O Chefe da Controladoria lembrou que na gestão dos municípios a responsabilidade pelas faltas que acontecem e pelos erros cometidos, sempre são atribuídos ao gestor, quando na verdade, existe uma cadeia de competências. Citou de forma acadêmica a “Teoria da Agência”, que inicia com o Poder do Povo, delegado ao prefeito por meio de eleições. Este, por conseguinte, delega aos auxiliares, que são os secretários e agentes públicos.
“Temos que aprender a ter uma visão mais profissional da gestão”, enfatizou ele, ao observar que a maioria das prefeituras recebe mais recursos de que muitas empresas de porte médio, mas têm dificuldades no planejamento e no controle, muitas vezes por falta de pessoal capacitado. Adiantou que uma boa governança não existe sem profissionalização e uma eficiente utilização dos recursos públicos. Há situações em que os agentes agem em proveito próprio, deixando de lado o interesse público. Entre outros casos, existem desvios que, muitas vezes ocorre com o desconhecimento do gestor.
Gabriel Wright reiterou que a idéia do seminário é alertar e disponibilizar as condições para que os primeiros passos sejam dados, no entanto, para isso será necessário, antes de tudo, que hajam transparência e motivação, buscando-se identificar os percalços, que podem ser procedimentos desconhecidos, servidores desinteressados, outros sobrecarregados, falta de recursos e equipamentos, fatores que impedem e aumentam os riscos do insucesso.
AscomTCE – 23 08 2017
Genésio Souza Neto