EMOÇÕES NATALINAS
O Natal é uma época de emoções complexas, densas, intensas, por vezes ambíguas e conflitantes, mas carregadas de significação. Tempo que abrange esperanças e apreensões por também aproximar‐se do ano que se inaugura e por envolver processos e tradições que vão desde a montagem da árvore, ceia, crianças ávidas por presentes e presença de pais ausentes, até a diminuição e extinção de mágoas, perdão, gratidão e apoio mútuo, o que produz a força dos elos sociais e afetivos que alimentam a natureza social do homem.
Eduardo Mascarenhas define o Natal da seguinte forma: (…) o Natal constitui uma oportunidade de reencontros, anistias e perdões. A esponja da solidariedade lava mágoas e rancores acumulados. Trata‐se de um cessar‐ fogo, de um armistício e de uma esperança de recomeço, que enternece corações.
Os seus estágios e emoções não são sentidos e percebidos da mesma maneira por todas as pessoas. As que expressam desinteresse pelo tema apresentam dificuldade para o ignorar. Para muitos, é mais do que sair do ambiente de trabalho, do que aliviar as inquietações diárias e tensões acumuladas. Refere‐se a um período de avaliação da qualidade dos vínculos que estabelecemos. Trata‐se do amor que damos e recebemos, de um significado social e psicológico importante para nossas pendências emocionais e para nos fazer elaborar o fechamento de um ciclo e o início de outro.
Alegria, tristeza, raiva, medo, angústia, compaixão, desprezo e generosidade compõem o cenário natalino. Experimentamos o mundo intensamente não apenas pelo que pensamos, mas essencialmente pelo que sentimos, com amor íntimo, sólido e singularizado.
O Natal evoca a infância que não podemos reviver, passado longínquo nem sempre tão doce, amor, família e relacionamentos que gostaríamos de ter, diferença entre o idealizado e o realizado. Navegamos entre alegrias, sonhos, realizações e frustrações. Há uma ponta de tristeza desencadeada pela impossibilidade de estarmos com a família e amigos, pelas decepções do corrente ano, pelo excesso de comercialização e estresse financeiro. Imaginemos a situação dos que perderam filhos e outros amores! Experimentamos ainda a restrição de maiores contatos sociais e então temos a sensação de diminuição da libido, o que muito angustia o nosso lado adulto.
O momento é de enxergarmos e gerenciarmos emoções de maneiras diferentes, observando os pensamentos, ativando força de vontade, motivação, empatia, autoestima e fortalecimento de vínculos para então melhorarmos as habilidades emocionais. Adotemos hábitos de relaxamento (caminhada, meditação, música e bom sono). Não evoquemos o passado buscando lembranças de traumas ou perdas. Sepultemos mágoas e dores para então iniciarmos um novo ciclo de vida com aprendizados positivos, sobretudo no árduo transcurso da pandemia, onde deixamos o coletivo pelo single.
Importante se faz lembrar que ações de generosidade e caridade, como visitas a instituições de acolhimentos a idosos e a crianças, entre outras, são oportunas. Levemos uma palavra e um sorriso a quem deles precisa. Amparemos o próximo. Sejamos voluntários de boas ações, doando um pouco do nosso tempo!
Aproveitem as comemorações e tenham todos UM FELIZ NATAL!
Serviço de Atenção à Saúde