Na sessão plenária desta quarta-feira (15), o Tribunal de Contas da Paraíba aprovou, à unanimidade, voto de pesar pelo falecimento do artista plástico Elpídio Dantas, ocorrido na última sexta-feira (10), no hospital Napoleão Laureano, onde encerrou, aos 63 anos, a luta contra um câncer que o acometeu havia 30 anos.

Autor da propositura, o conselheiro presidente André Carlo Torres Pontes destacou, na ocasião, as habilidades artísticas de Elpídio Dantas, cujo nome, “merece compor a galeria dos grandes paraibanos”. Ele lembrou que dois de seus quadros estão expostos na presidência do TCE, compondo o acervo de arte da Corte.

Ressaltou, ainda, suas qualidades como cidadão respeitado, pela convivência dedicada e cuidadosa que o artista mantinha com a família e os amigos. Opinião compartilhada pelos demais conselheiros, como fez o decano Arnóbio Viana ao destacar, entre os traços de personalidade do artista, “a simplicidade e a educação” como se portava em qualquer lugar e com todas as pessoas à sua volta.

Elpídio Dantas trabalhou até o último instante, antes de se internar a última vez, desenvolvendo suas habilidades artísticas em seu ateliê na praia do Bessa, na capital, com pinturas em óleo e acrílico sobre tela, esculturas e xilogravuras.

Algumas de suas obras compõem o acervo permanente do Museu José Lins do Rego, da Fundação Espaço Cultural, em João Pessoa.

Ele deixou órfãos os filhos Lupicínio (também artista plástico), Luciana e Juciara. A missa de 7º dia do seu falecimento será nesta quarta-feira, às 17 h, na igreja Nossa Senhora de Fátima, no bairro do Miramar, na capital.

OUTRO PESAR – O TCE também aprovou voto de pesar proposto pelo conselheiro Nominando Diniz em razão do falecimento, aos 91 anos, de dona Terezinha Gayoso, viúva do ex-deputado estadual José Gayoso. A manifestação à família enlutada deu-se após a Corte haver sido informada do acontecimento pelo advogado Vilson Lacerda Brasileiro, presente à sessão plenária desta quarta-feira.

PERFIL

Filho de agricultores, de uma família de 14 irmãos, Elpídio Dantas da Rocha Neto nasceu em 1954 no sítio Logradouro, em São Bento, sertão paraibano. Ainda criança foi morar na vizinha Brejo do Cruz, onde teve seu primeiro contato com a pintura, por meio da professora Maria Olívia Maia.

Veio para João Pessoa em 1974, e fez sua primeira exposição, em 1977, na antiga Galeria Pedro Américo, um ano após ingressar no jornal O Norte como desenhista e chargista.

Elpídio Dantas viajou por todo o Brasil e nos anos de 1980 e 1990 passou a apresentar seu trabalho também em outros países, principalmente Estados Unidos, França e Portugal.

Realizou inúmeras exposições coletivas e individuais, e recebeu diversas premiações, algumas internacionais como o Prix Internacional de Peinture (Deauville/França, 1991) e o 28° Grande Prêmio Internacional de Pintura (Cannes-Sûr-Mer/França, 1992).

Ascom TCE – 15 02 2017