O Centro Cultural Ariano Suassuna, do Tribunal de Contas do Estado, abrigou, nesta sexta-feira (17), a terceira edição do Hackfest Contra a Corrupção, evento que, além do debate de questões atinentes à cidadania, à moralidade e à transparência, serviu à premiação de equipes desenvolvedoras de aplicativos de computador para o controle social dos atos e gastos públicos.

Maratona hacker em busca de soluções tecnológicas para o combate à corrupção e para o envolvimento da sociedade no enfrentamento deste grave e danoso problema, o Hackfest, idealizado pelo Ministério Público da Paraíba, tem a colaboração do próprio TCE. Conta, ainda, com o apoio do Ministério da Transparência e Controladoria Geral da União, Governo Estadual, Universidade Estadual de Campina Grande, Centro Universitário de João Pessoa, Banco do Brasil, BNDES e Lab Analytics, afora outras instituições.

Indicado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o Hackfest tem favorecido e estimulado, também na Paraíba, o desenvolvimento de softwares de código aberto para computadores e dispositivos móveis em favor do controle social, do aprimoramento dos costumes políticos e das ações de governo.

São aplicativos, sistemas web, ou jogos projetados e dispostos, gratuitamente, ao uso da população. Em bom número, os projetos agora premiados fazem uso largo de ferramentas do TCE, a exemplo do Sistema de Acompanhamento da Gestão dos Recursos da Sociedade (Sagres).

“É importante observar que, tanto os jovens desenvolvedores desses aplicativos eletrônicos quanto a parte bem numerosa da plateia aqui presente, compõem a geração de brasileiros da qual sairá os futuros ocupantes dos postos de mando no País”, comentava, pela manhã, o presidente do Tribunal de Contas, conselheiro André Carlo Torres Pontes.

PROGRAMAÇÃO – O III Hackfest Contra a Corrupção começou, às 9 horas, com grupos estudantis ocupando as cadeiras do Auditório Celso Furtado em cujo palco outros jovens encenavam, de forma divertida, com música e diálogos, questões afetas ao curso diário de carros e pedestres. O propósito era a educação para o trânsito.

Enquanto isso, um público numeroso também percorria, nos demais ambientes do Centro Cultural, os estandes montados por organismos como o 1º Grupamento de Engenharia do Exército, Controladoria Geral da União, Receita Federal, Programa Nacional de Educação Fiscal, Polícia Federal, Ibama, Tribunal Regional Eleitoral, Prefeitura de João Pessoa e Governo do Estado. O ambiente antes ocupado pela Biblioteca do TCE virou o “Espaço Criança” com atividades educativas para os mais novos.

Os períodos da manhã e tarde serviram, ainda, à discussão de temas assim intitulados: “Para que serve lavar dinheiro?”, “A Tecnologia da Informação no TCE-PB”, “Cidadania e Ativismo”, “Canais de Atendimento e Serviços Disponibilizados na Internet”, “Transparência e Dados Abertos no Estado da Paraíba” e “Governança e Transparência Pública”. Os debates tiveram, sequencialmente, a condução de Rômulo Palitot, Willo Pinheiro, Karina Oliveira e Kaio Henrique, Grace Gomes, Maria Marconiete e Helder Vieira da Silva, Rodrigo Paiva e Fernando Torres, especialistas nessas matérias.

“Sou Fiscal”, “Vidinha de Balada”, “MinhaCidade”, “Geração Limpa”, “Caça Fantasmas no Google Play”, “Quebraquebra”, “Ospoliticos.com”, “Folhalimpa”, “Paciente” e “B.O.Bot” foram as equipes com jogos e aplicativos inscritos à premiação da terceira edição do Hackfest Contra a Corrupção.

O “Geração Limpa” é um joguinho de erros e acertos acessível, de modo fácil, a usuários de quase todas as idades sobre normas e comportamento no trânsito.

Os demais são aplicativos úteis, em cada caso, ao acompanhamento de gastos públicos do Executivo e Legislativo, aos supersalários e acúmulo de cargos públicos, a atuações parlamentares, à qualidade de serviços públicos e à detecção de empresas fantasmas.

Ascom/TCE-PB

(18 08 17)