Por Ascom/TCE-PB

A OMS (Organização Mundial de Saúde) afirma ser a depressão o principal motivo de incapacidade em todo o mundo, sendo uma das principais causas de afastamento do trabalho. No TCE-PB constata-se um significativo número de servidores afastados com esta patologia.

 Na pandemia de COVID-19, adepressão e ansiedade se elevaram consideravelmente em comparação aos níveis pré-pandêmicos, por problemas financeiros e familiares, pelo isolamento social persistente e por interrupções escolares, entre outros.

Podemos reconhecer a depressão como um produto da cultura e reflexo de uma sociedade narcisista onde ocorre a supremacia individual em detrimento de vínculos sociais saudáveis. Suscita reflexões sobre o adoecimento com determinados aspectos sociais contemporâneos (consumo, sucesso profissional e financeiro, padrões de beleza, competição, felicidade eternizada nas redes sociais, etc).

Como gênese, o transtorno depressivo tem componentes genéticos, psicológicos, neurobiológicos e ambientais. A depressão envolve alterações químicas no cérebro com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células.

O distúrbio mental que se manifesta de maneira leve, moderado ou grave traz alterações persistentes no humor, na cognição, no sono, no peso e no comportamento, denotadas através de sintomas de desânimo, tristeza profunda, choro excessivo, diminuição da autoestima, pessimismo, falta de motivação, apatia, fadiga, isolamento social, desesperança, sentimentos de desamparo, culpa, sensação de inutilidade e de fracasso, falta de concentração, raciocínio lento, esquecimento, ansiedade, angústia, irritabilidade, insônia, despertar matinal precoce ou sonolência, perda ou aumento de apetite e do peso, inibição da produtividade, diminuição da libido, perda de interesse pelo mundo externo e pensamentos suicidas.

O tratamento é psicoterápico, medicamentoso, estímulo à prática de exercícios físicos, yoga e meditação. Também é importante o apoio da família (com acompanhamento às consultas e incentivo à continuidade do tratamento). Necessário se faz procurar um psiquiatra para formulação diagnóstica e acompanhamento adequado.

A prevenção passa pelo controle do estresse, a conversa com alguém que pode ajudar a enxergar outras perspectivas, atentar para possibilidade de efeito colateral de determinados medicamentos e ter inserido na rotina o exercício de atividades prazerosas.

SAS – TCE-PB

28/10/2021